domingo, 29 de março de 2009

Amigas


Recebi esse texto por e-mail, não sei a autoria dele, mas é muito bom e representa exatamente o que penso sobre o assunto.

Quando eu era pequena, acreditava no conceito de uma melhor amiga. Depois, como mulher, descobri que se você permitir que seu coração se abra, você encontrará o melhor em muitas amigas. É preciso uma amiga quando você está com problemas com seu homem. É preciso outra amiga quando você está com problemas com sua mãe. Uma outra quando você quer fazer compras, compartilhar, curar, ferir, brincar ou apenas ser. Uma amiga dirá 'vamos orar', uma outra 'vamos chorar', outra 'vamos lutar' outra 'vamos fugir'.
Uma amiga atenderá às suas necessidades espirituais, uma outra à sua loucura por sapatos, uma outra à sua paixão por filmes, outra estará com você em seus períodos confusos, outra será a luz e uma outra será o vento sob suas asas.
Mas onde quer que ela se encaixe em sua vida, independente da ocasião, do dia ou de quando você precisa, seja com seus tênis e cabelos presos, ou para impedir que você faça uma loucura... todas essas são suas melhores amigas.
Elas podem ser concentradas em uma única mulher ou em várias... uma do ginásio, uma do colegial, várias dos anos de faculdade, algumas de antigos empregos, algumas da igreja, outras do grupo de canto coral, em alguns dias sua mãe, em alguns dias sua vizinha, em outros suas irmãs, e em outros suas filhas.
Assim, podem ter sido 20 minutos ou 20 anos o tempo que essas mulheres passaram e fizeram a diferença em sua vida.
Obrigada a todas que fazem parte do meu círculo de mulheres maravilhosas que fizeram e ainda fazem a diferença em minha vida.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Galo Doido

Atlético...
gostamos muito de vocêêê!
A alegria de viver...
quando te vemos a vencer...

Entidade...
venerada por milhõõões...
contagiando multidões...
de gerações a geraçõõões...

Sentimento...
de amor sincero ao alvinegro...
das alterosas sou mineiro...
minas gerais nosso terreiro...:.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Après la Pluie

“Après la Pluie” é uma animação produzida em 2008 para fim de estudos, por Charles-André LEFEBVRE, Manuel TANON-TCHI, Louis TARDIVIER, Sébastien VOVAU, Emmanuelle WALKER. Produzida pela l’école des Gobelins.

Via Hiro Kawahara (http://blog.hiro.art.br) e Pablo Pico (http://virb.com/pablopico)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Escutatória


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro:Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos... Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança...Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais.São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Escutatória - Rubem Alves

sexta-feira, 6 de março de 2009

Friedrich Schiller - Ode à alegria (ode to joy)

Quarta parte - Nona sinfonia de Beethoven

(Barítono)

Oh amigos, mudemos de tom!

Entoemos algo mais prazeroso

E mais alegre!

(Barítonos, quarteto e coro)

Alegre, formosa centelha divina,

Filha do Elíseo,

Ébrios de fogo entramos

Em teu santuário celeste!

Tua magia volta a unir

O que o costume rigorosamente dividiu.

Todos os homens se irmanam

Ali onde teu doce vôo se detém.

Quem já conseguiu o maior tesouro

De ser o amigo de um amigo,

Quem já conquistou uma mulher amável

Rejubile-se conosco!

Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,

Uma única em todo o mundo.

Mas aquele que falhou nisso

Que fique chorando sozinho!

Alegria bebem todos os seres

No seio da Natureza:

Todos os bons, todos os maus,

Seguem seu rastro de rosas.

Ela nos deu beijos e vinho e

Um amigo leal até a morte;

Deu força para a vida aos mais humildes

E ao querubim que se ergue diante de Deus!

(Tenor solo e coro)

Alegremente, como seus sóis corram

Através do esplêndido espaço celeste

Se expressem, irmãos, em seus caminhos,

Alegremente como o herói diante da vitória.

(Coro)

Alegre, formosa centelha divina,

Filha do Elíseo,

Ébrios de fogo entramos

Em teu santuário celeste!

Abracem-se milhões!

Enviem este beijo para todo o mundo!

Irmãos, além do céu estrelado

Mora um Pai Amado.

Milhões se deprimem diante Dele?

Mundo, você percebe seu Criador?

Procure-o mais acima do céu estrelado!

Sobre as estrelas onde

Ele mora.

Friedrich Schiller - Ode à alegria (ode to joy)

.:Felicidade se acha em horinhas de descuido...:.

.:Felicidade se acha em horinhas de descuido...:.